A Leitura Funcional e a Dupla Função do Texto Didático
O texto de Mário Perini, correspondente ao capítulo 6 do livro Leitura: Perspectivas Interdisciplinares, procura destacar a situação da leitura, em meio a sociedade brasileira, e apresentar possíveis soluções para a questão do analfabetismo funcional.
O autor parte de um dado estatístico para, então, desenvolver as suas idéias. Segundo ele, a maior parte da população brasileira não possui a leitura funcional, ou seja, não consegue ler e compreender o sentido de um texto. Geralmente, essas pessoas sabem assinar o próprio nome e identificar o letreiro de ônibus. Porém, quando se trata de ler uma reportagem de jornal, por exemplo, e entender o que se passa no país, eles são como crianças de jardim de infância.
Uma das causas desse fato pode ser, como afirma Perini, o descuido das instituições de ensino com a prática da leitura. Como é uma das função da escola despertar no aluno o interesse e a capacidade de compreensão de textos, alguma coisa deve estar errada na forma de trabalho dessas instituições.
Desta maneira, o autor chega à conclusão que, entre outras deficiências, o sistema educacional oferece livros didáticos não adequados para o desenvolvimento da capacidade de compreenssão e leitura dos alunos.
É claro que, os estudantes de classes sociais mais altas, possuem um maior número de oportunidades para entrar em contato com a leitura. Seus pais, provavelmente, possuem livros em casa, ganham de presente, ou mesmo levam os filhos, de vez em quando, a uma feira de livro.
O autor parte de um dado estatístico para, então, desenvolver as suas idéias. Segundo ele, a maior parte da população brasileira não possui a leitura funcional, ou seja, não consegue ler e compreender o sentido de um texto. Geralmente, essas pessoas sabem assinar o próprio nome e identificar o letreiro de ônibus. Porém, quando se trata de ler uma reportagem de jornal, por exemplo, e entender o que se passa no país, eles são como crianças de jardim de infância.
Uma das causas desse fato pode ser, como afirma Perini, o descuido das instituições de ensino com a prática da leitura. Como é uma das função da escola despertar no aluno o interesse e a capacidade de compreensão de textos, alguma coisa deve estar errada na forma de trabalho dessas instituições.
Desta maneira, o autor chega à conclusão que, entre outras deficiências, o sistema educacional oferece livros didáticos não adequados para o desenvolvimento da capacidade de compreenssão e leitura dos alunos.
É claro que, os estudantes de classes sociais mais altas, possuem um maior número de oportunidades para entrar em contato com a leitura. Seus pais, provavelmente, possuem livros em casa, ganham de presente, ou mesmo levam os filhos, de vez em quando, a uma feira de livro.
Contudo, os alunos que apresentam dificuldades financeiras graves (e esses são a maioria no Brasil), apenas interagem com livros e textos, quando estão dentro da escola. Então, como fazer para que o aluno, de pouca condição financeira, possa desenvolver suas habilidades de leitura de maneira autônoma e dentro do espaço escolar?
Esse é o principal objetivo do autor ao construir o texto, ou seja, apresentar um caminho para que o estudante, de pequena condição financeira, possa utilizar a leitura de maneira funcional. E, para isso, a escola precisa proporcionar ao aluno um covívio com materiais escritos de qualidade.
A partir de então, Perini parte para outra questão importante: Tanto os livros de Língua Portuguesa, quanto os livros de todas as demais disciplinas, devem proporcionar ao aluno a capacidade de desenvolver a habilidade da leitura. Assim, podemos compreender o que o autor quer dizer com a expressão “dupla função do texto didático”, ou seja, os livro didáticos, de maneira geral, devem permitir que o aluno adquira novos conhecimentos (referentes às matérias curriculares) e, ainda, devem permitir que ele aprimore a capacidade de ler.
Para isso, Perini acredita que o texto didático deve, primeiramente, ser adequado para a faixa etária e para o perfil do aluno a que se destina. Em seguida, devem ser observados os três níveis de complexidade de um texto: A dificuldade do assunto que apresenta, a dificuldade do conhecimento prévio que demanda e a dificuldade de linguagem discursiva. Assim, os autores devem se preocupar, principalmente, com essa última dificuldade referente a linguagem utilizada. Muitas vezes, os livros destinados a uma determinada série escolar, apresentam uma forma de utilizar as palavras, ou seja, uma forma de composição das sentenças linguísticas, muito mais elaborada do que o aluno pode captar.
Assim, Mário Perini deixa claro como os livros didáticos são, de fato, um dos problemas principais que geram a falta de interesse pela leitura e a dificuldade, de se desenvolver leitores funcionais, em meio a uma sociedade, já tão dividida e pouco igualitária.
Resumindo, os profissionais em educação devem compreender que:
Esse é o principal objetivo do autor ao construir o texto, ou seja, apresentar um caminho para que o estudante, de pequena condição financeira, possa utilizar a leitura de maneira funcional. E, para isso, a escola precisa proporcionar ao aluno um covívio com materiais escritos de qualidade.
A partir de então, Perini parte para outra questão importante: Tanto os livros de Língua Portuguesa, quanto os livros de todas as demais disciplinas, devem proporcionar ao aluno a capacidade de desenvolver a habilidade da leitura. Assim, podemos compreender o que o autor quer dizer com a expressão “dupla função do texto didático”, ou seja, os livro didáticos, de maneira geral, devem permitir que o aluno adquira novos conhecimentos (referentes às matérias curriculares) e, ainda, devem permitir que ele aprimore a capacidade de ler.
Para isso, Perini acredita que o texto didático deve, primeiramente, ser adequado para a faixa etária e para o perfil do aluno a que se destina. Em seguida, devem ser observados os três níveis de complexidade de um texto: A dificuldade do assunto que apresenta, a dificuldade do conhecimento prévio que demanda e a dificuldade de linguagem discursiva. Assim, os autores devem se preocupar, principalmente, com essa última dificuldade referente a linguagem utilizada. Muitas vezes, os livros destinados a uma determinada série escolar, apresentam uma forma de utilizar as palavras, ou seja, uma forma de composição das sentenças linguísticas, muito mais elaborada do que o aluno pode captar.
Assim, Mário Perini deixa claro como os livros didáticos são, de fato, um dos problemas principais que geram a falta de interesse pela leitura e a dificuldade, de se desenvolver leitores funcionais, em meio a uma sociedade, já tão dividida e pouco igualitária.
Resumindo, os profissionais em educação devem compreender que:
- A capacidade da leitura é desenvolvida não apenas pelo professor de Português, mas, por toda a escola.
- O livro didático é um instrumento crucial para a aquisição da leitura funcional e, portanto, deve ser planejado e elaborado visando ao aprimoramento da capacidade de leitura.
- É preciso conscientizar autores e editoras a respeito da necessidade de se reformular os livros didáticos no intuito de permitir um melhor desenvolvimento linguístico do aluno.
Flávia Amazonas de Azevedo
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